De todos, o mais tímido. Francisco, que prefere ser chamado de Neto, veio para entrevista acompanhado do colega de quarto Mineiro e aos poucos foi contando sua história, que começou nas areias de Bertioga-SP. Caiçara, o garoto de 19 anos jogava na várzea e praticava o futevôlei, que continua sendo uma das grandes paixões.

Antes de chegar em Campinas, Neto teve breves passagens pela Portuguesa e Monte Azul, mas foi no Guarani que conquistou espaço e se fez presente nas principais partidas do Sub-20. No dia 9 de janeiro de 2016, o Guarani enfrentava o Botafogo pela quarta rodada da Copa São Paulo e o técnico Renato Morungaba deu-lhe a titularidade. “Como o Salomão estava suspenso, tive minha primeira oportunidade como titular, o que foi muito importante, já que estava ansioso para mostrar meu futebol”, contou o atleta.

Galanteador, Neto tenta disfarçar a timidez dando uma palinha de samba do grupo Turma do Pagode, mas, como ele mesmo diz, brincadeiras à parte, o foco está no Campeonato Paulista e em algo muito maior: “estou treinando muito para que eu possa ser observado e quem sabe até subir para o elenco profissional.”

Enquanto os amigos o caracterizam como ousado, ele não discorda, mas afirma que um dos seus melhores fundamentos é a marcação. Entre todas as perguntas feitas, a mais fácil de responder foi: “Se eu não fosse jogador, não tenho a mínima noção do que seria. Nasci para isso”, finalizou.